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OPINIÃO – UM DIA PARA CELEBRAR E REFLETIR SOBRE O QUE É SER PROFESSOR

Hoje, me dirijo em especial aos meus colegas professores e professoras. Há exatos 60 anos, todo dia 15 de outubro é oficialmente o nosso dia. Uma data que vem para ser celebrada, mas inevitavelmente também traz consigo tristes constatações.

 

 
Vivemos tempos difíceis na educação. De um lado, investidas conservadoras de diferentes frentes que agem para intimidar e cercear a liberdade de docência, o pensamento crítico e a autonomia dos educadores. De outro, uma gestão marcada pelo descaso com o magistério catarinense.

 

 

Nos deparamos com duras realidades. Ano após ano, todo dia 15 de outubro muitos nos homenageiam, mas poucos realmente refletem sobre o que significa ser um professor e o papel da educação na formação e na humanização da nossa sociedade. Atualmente, há um conflito centrado no debate público de que um professor seria responsável apenas por transmitir conteúdo, avaliar por meio de exames e emitir uma nota ao final do processo – sem considerar que a educação também pode (e deve) expor valores e refletir sobre diferentes visões de mundo. A escola é um espaço de diversidade, de pensamento crítico e de autonomia dos indivíduos.

 

 

Neste 15 de outubro, estou certa que, ao invés de discursos vazios e homenagens meramente formais, os educadores gostariam de receber um presente de outra ordem: respeito sincero pela profissão. Hoje, o senso comum nos diz que todos podem opinar sobre a conduta dos professores – o que e como devem ensinar, como devem se relacionar com os seus educandos, como devem pensar e se comportar em sala. Assim, se faz necessário reforçar o óbvio: os anos de estudo e a formação contínua de um professor de Português ou Matemática, por exemplo, não deve padecer sob o argumento de que “essa é a minha opinião”, especialmente vindo de quem aponta o dedo e desconhece a realidade das salas de aula.

 

 

Mesmo diante desse cenário, vislumbro outra realidade possível. Acredito na educação como um caminho para a transformação social. É o que dá sentido para as enérgicas e constantes lutas que travamos. Estive e sempre estarei ao lado dos educadores nas grandes batalhas que nos movem. Vejo com esperança os bons projetos, com trabalho sério e comprometido com o bem comum, com o coletivo, com um futuro diferente para os nossos alunos e para os dos outros também. Foi com esse compromisso que construímos e aprovamos, entre outras, a Lei do Segundo Professor (Lei 17.143/2017), um marco para a educação especial em nosso estado, e que hoje lutamos para ter em pleno vigor nas nossas escolas.

 

 

Escolas seguras, equipadas e acolhedoras, professores motivados e valorizados, alunos com autonomia e qualidade para aprender. Uma educação que olhe muito além dos currículos e dos diplomas: para uma formação ampla, capaz de libertar das amarras, lançar um olhar crítico e sensível à realidade em que vivemos e contribuir para construímos uma sociedade igualitária, justa e solidária. Sabemos com qual futuro sonhamos e os grandes desafios que temos para chegar até ele.

 

 

Parabéns pelo nosso dia, professores e professoras. Seguimos juntos nas boas lutas pela educação que sonhamos.
– Professora e deputada estadual Luciane Carminatti

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OPINIÃO – UM DIA PARA CELEBRAR E REFLETIR SOBRE O QUE É SER PROFESSOR

Hoje, me dirijo em especial aos meus colegas professores e professoras. Há exatos 60 anos, todo dia 15 de outubro é oficialmente o nosso dia. Uma data que vem para ser celebrada, mas inevitavelmente também traz consigo tristes constatações.

 

 
Vivemos tempos difíceis na educação. De um lado, investidas conservadoras de diferentes frentes que agem para intimidar e cercear a liberdade de docência, o pensamento crítico e a autonomia dos educadores. De outro, uma gestão marcada pelo descaso com o magistério catarinense.

 

 

Nos deparamos com duras realidades. Ano após ano, todo dia 15 de outubro muitos nos homenageiam, mas poucos realmente refletem sobre o que significa ser um professor e o papel da educação na formação e na humanização da nossa sociedade. Atualmente, há um conflito centrado no debate público de que um professor seria responsável apenas por transmitir conteúdo, avaliar por meio de exames e emitir uma nota ao final do processo – sem considerar que a educação também pode (e deve) expor valores e refletir sobre diferentes visões de mundo. A escola é um espaço de diversidade, de pensamento crítico e de autonomia dos indivíduos.

 

 

Neste 15 de outubro, estou certa que, ao invés de discursos vazios e homenagens meramente formais, os educadores gostariam de receber um presente de outra ordem: respeito sincero pela profissão. Hoje, o senso comum nos diz que todos podem opinar sobre a conduta dos professores – o que e como devem ensinar, como devem se relacionar com os seus educandos, como devem pensar e se comportar em sala. Assim, se faz necessário reforçar o óbvio: os anos de estudo e a formação contínua de um professor de Português ou Matemática, por exemplo, não deve padecer sob o argumento de que “essa é a minha opinião”, especialmente vindo de quem aponta o dedo e desconhece a realidade das salas de aula.

 

 

Mesmo diante desse cenário, vislumbro outra realidade possível. Acredito na educação como um caminho para a transformação social. É o que dá sentido para as enérgicas e constantes lutas que travamos. Estive e sempre estarei ao lado dos educadores nas grandes batalhas que nos movem. Vejo com esperança os bons projetos, com trabalho sério e comprometido com o bem comum, com o coletivo, com um futuro diferente para os nossos alunos e para os dos outros também. Foi com esse compromisso que construímos e aprovamos, entre outras, a Lei do Segundo Professor (Lei 17.143/2017), um marco para a educação especial em nosso estado, e que hoje lutamos para ter em pleno vigor nas nossas escolas.

 

 

Escolas seguras, equipadas e acolhedoras, professores motivados e valorizados, alunos com autonomia e qualidade para aprender. Uma educação que olhe muito além dos currículos e dos diplomas: para uma formação ampla, capaz de libertar das amarras, lançar um olhar crítico e sensível à realidade em que vivemos e contribuir para construímos uma sociedade igualitária, justa e solidária. Sabemos com qual futuro sonhamos e os grandes desafios que temos para chegar até ele.

 

 

Parabéns pelo nosso dia, professores e professoras. Seguimos juntos nas boas lutas pela educação que sonhamos.
– Professora e deputada estadual Luciane Carminatti

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