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OUTUBRO ROSA: “46% DAS PACIENTES COM CÂNCER CHEGAM AO DIAGNÓSTICO EM ESTÁGIO AVANÇADO”, AFIRMA PRESIDENTE DA AMUCC

Associação Brasileira de Portadores de Câncer ocupou tribuna da Alesc para solicitar apoio e mais investimentos no tratamento da doença

De mãos dadas pela vida. Essa é a campanha que a Associação Brasileira de Portadores de Câncer em Santa Catarina (AMUCC) apresentou aos deputados estaduais na sessão desta quarta-feira (25), por proposição da coordenadora da Bancada Feminina, deputada Luciane Carminatti. A entidade expôs as estatísticas da doença, apresentou ações e solicitou ajuda dos parlamentares para ampliar os investimentos na rede pública de Santa Catarina e melhorar o atendimento, especialmente no cuidado à saúde das mulheres – público principal das ações do Outubro Rosa.

 
De acordo com a entidade, se diagnosticado precocemente, o câncer de mama apresenta um índice de cura de até 95%. No entanto, em SC o principal gargalo é a demora do diagnóstico completo pós-mamografia. Ou seja, depois de detectadas anormalidades, as mulheres esperam muito tempo até a realização de exames para detectar o tipo de lesão cancerosa. “Com a demora, mais de 46% dos casos chegam ao tratamento em estágio avançado”, pontuou Leoni Margarida Simm, presidente da AMUCC.

 
Estima-se que dos 58 mil novos casos de câncer de mama registrados no País, pouco mais da metade serão diagnosticados na fase inicial da doença, com sucesso maior de cura. Em Santa Catarina, dos mais de 2 mil casos, cerca de 1000 terão menor chance de viverem mais e melhor. “As mulheres que chegam à fase metastática valem menos. Não têm acesso na rede pública de saúde ao diagnóstico oportuno e aos tratamentos específicos e, por terem chegado tarde, recebem tratamentos ultrapassados. É uma dupla discriminação”, afirmou Leoni.

 
De acordo com a presidente da entidade, o que é oferecido ao paciente oncológico é muito insatisfatório. “Mutilação, efeitos adversos incapacitantes que muitas vezes nunca se recuperam… Não temos tratamentos que realmente salvem os pacientes cancerosos. No máximo lhes prolongam a vida”, lamentou.

 

 

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REIVINDICAÇÕES

Entre as principais reivindicações da Associação está a urgência na conclusão das obras do centro cirúrgico de grande porte do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), o que impacta no atendimento a toda população. “O câncer é uma doença que precisa de uma atenção especial e, infelizmente, não temos um hospital do câncer com a infraestrutura completa em Santa Catarina”, enfatizou Leoni.

 
A entidade aponta ainda a necessidade de se criar condições para que cada paciente tenha seu diagnóstico em até 30 dias, a partir da 1ª consulta. Uma das estratégias do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é a existência de clínicas para confirmação diagnóstica em uma única etapa (one-stop clinics). “Esta proposta permite que os casos suspeitos tenham toda a investigação diagnóstica em um único centro de referência e em apenas um dia, incluindo exames de imagem, citologia e biópsia”, explicou Leoni.

 
Outra questão levantada é o tempo de espera para a reconstrução da mama -cuja demora já chegou a durar 12 anos em alguns casos. “O que causa profundo sofrimento moral, reduzindo autoestima e até mesmo o exercício da sexualidade, afetando o sistema imunitário, que é um ambiente propício a recidivas do câncer nas mulheres”, ponderou.

 
MOÇÃO APROVADA
A coordenadora da Bancada Feminina da Alesc é autora de Moção aprovada em plenário para ser enviada ao governo do Estado e ao secretário de saúde, manifestando preocupação e contrariedade com o “descaso dos responsáveis pela saúde pública, no estado de Santa Catarina, com a saúde das mulheres, em especial daquelas que têm câncer de mama, doença cujo diagnóstico precoce poderia salvar muitas vidas”.

 

 

Deputada Luciane e a presidente da AMUCC, Leoni Simm

 
Segundo Luciane, deixar as mulheres numa espera de tempo tão grande é uma violência brutal. “Quando discutimos violência contra a mulher sempre devemos incluir também as violências institucionais , quando o Estado deixa de cumprir o seu papel e não oferece, em tempo hábil, o tratamento devido e muito menos a oportunidade de diagnosticar cedo a doença, com maior chance de cura”, apontou a deputada Luciane.

 

 

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OUTUBRO ROSA: “46% DAS PACIENTES COM CÂNCER CHEGAM AO DIAGNÓSTICO EM ESTÁGIO AVANÇADO”, AFIRMA PRESIDENTE DA AMUCC

Associação Brasileira de Portadores de Câncer ocupou tribuna da Alesc para solicitar apoio e mais investimentos no tratamento da doença

De mãos dadas pela vida. Essa é a campanha que a Associação Brasileira de Portadores de Câncer em Santa Catarina (AMUCC) apresentou aos deputados estaduais na sessão desta quarta-feira (25), por proposição da coordenadora da Bancada Feminina, deputada Luciane Carminatti. A entidade expôs as estatísticas da doença, apresentou ações e solicitou ajuda dos parlamentares para ampliar os investimentos na rede pública de Santa Catarina e melhorar o atendimento, especialmente no cuidado à saúde das mulheres – público principal das ações do Outubro Rosa.

 
De acordo com a entidade, se diagnosticado precocemente, o câncer de mama apresenta um índice de cura de até 95%. No entanto, em SC o principal gargalo é a demora do diagnóstico completo pós-mamografia. Ou seja, depois de detectadas anormalidades, as mulheres esperam muito tempo até a realização de exames para detectar o tipo de lesão cancerosa. “Com a demora, mais de 46% dos casos chegam ao tratamento em estágio avançado”, pontuou Leoni Margarida Simm, presidente da AMUCC.

 
Estima-se que dos 58 mil novos casos de câncer de mama registrados no País, pouco mais da metade serão diagnosticados na fase inicial da doença, com sucesso maior de cura. Em Santa Catarina, dos mais de 2 mil casos, cerca de 1000 terão menor chance de viverem mais e melhor. “As mulheres que chegam à fase metastática valem menos. Não têm acesso na rede pública de saúde ao diagnóstico oportuno e aos tratamentos específicos e, por terem chegado tarde, recebem tratamentos ultrapassados. É uma dupla discriminação”, afirmou Leoni.

 
De acordo com a presidente da entidade, o que é oferecido ao paciente oncológico é muito insatisfatório. “Mutilação, efeitos adversos incapacitantes que muitas vezes nunca se recuperam… Não temos tratamentos que realmente salvem os pacientes cancerosos. No máximo lhes prolongam a vida”, lamentou.

 

 

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REIVINDICAÇÕES

Entre as principais reivindicações da Associação está a urgência na conclusão das obras do centro cirúrgico de grande porte do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), o que impacta no atendimento a toda população. “O câncer é uma doença que precisa de uma atenção especial e, infelizmente, não temos um hospital do câncer com a infraestrutura completa em Santa Catarina”, enfatizou Leoni.

 
A entidade aponta ainda a necessidade de se criar condições para que cada paciente tenha seu diagnóstico em até 30 dias, a partir da 1ª consulta. Uma das estratégias do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é a existência de clínicas para confirmação diagnóstica em uma única etapa (one-stop clinics). “Esta proposta permite que os casos suspeitos tenham toda a investigação diagnóstica em um único centro de referência e em apenas um dia, incluindo exames de imagem, citologia e biópsia”, explicou Leoni.

 
Outra questão levantada é o tempo de espera para a reconstrução da mama -cuja demora já chegou a durar 12 anos em alguns casos. “O que causa profundo sofrimento moral, reduzindo autoestima e até mesmo o exercício da sexualidade, afetando o sistema imunitário, que é um ambiente propício a recidivas do câncer nas mulheres”, ponderou.

 
MOÇÃO APROVADA
A coordenadora da Bancada Feminina da Alesc é autora de Moção aprovada em plenário para ser enviada ao governo do Estado e ao secretário de saúde, manifestando preocupação e contrariedade com o “descaso dos responsáveis pela saúde pública, no estado de Santa Catarina, com a saúde das mulheres, em especial daquelas que têm câncer de mama, doença cujo diagnóstico precoce poderia salvar muitas vidas”.

 

 

Deputada Luciane e a presidente da AMUCC, Leoni Simm

 
Segundo Luciane, deixar as mulheres numa espera de tempo tão grande é uma violência brutal. “Quando discutimos violência contra a mulher sempre devemos incluir também as violências institucionais , quando o Estado deixa de cumprir o seu papel e não oferece, em tempo hábil, o tratamento devido e muito menos a oportunidade de diagnosticar cedo a doença, com maior chance de cura”, apontou a deputada Luciane.

 

 

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