A professora e deputada Luciane Carminatti (PT) foi para o quadro branco explicar as principais mudanças previstas na reforma da previdência proposta pelo governo do estado.
No vídeo de apenas três minutos e meio, Luciane aborda pontos como a idade mínima, as regras de transição e os valores da aposentadoria. Assista:
Luciane Carminatti é contra a proposta enviada pelo governo e tem lutado para derrubar o regime de urgência. A bancada do PT apresentou 21 emendas ao projeto original. Em entrevista à colunista Estela Benetti, do Diário Catarinense, a parlamentar explicou os motivos.
“A proposta enviada pelo governo agora segue a mesma linha de 2015, aponta um déficit que nós questionamos porque não tivemos acesso ao cálculo atuarial. Além disso, esse mesmo discurso de que a reforma estancaria o déficit futuro foi usada em 2015 e, vejam, cinco anos depois comprovamos que isso não ocorreu. Destaco, ainda, que os servidores já pagam 14% de contribuição.
Entendemos que é preciso zerar a proposta e recomeçá-la a partir do debate, ouvindo as categorias que estão em condições diferentes. Por que um oficial militar quando se aposenta sobe de patente (fato que não foi alterado nesta proposta) enquanto o professor, por exemplo, perderá o direito de paridade, ou seja, deixará de receber reajuste na aposentadoria de acordo com o salário dos servidores ativos? Por que o governo não considera uma reforma sem privilégios entre as categorias?
Precisamos atuar a partir das comissões reconstruindo essa discussão para fazer justiça com quem ganha menos. Dos 30 mil servidores aposentados que recebem até 6 mil reais por mês, mais de 70% são profissionais da educação, uma das categorias mais prejudicadas.”
A proposta de reforma da previdência já foi analisada em uma reunião entre lideranças sindicais promovida pela bancada do PT e em uma audiência pública na Alesc. O relatório ainda não foi apresentado na primeira comissão, que é a de Constituição e Justiça. Depois, precisará ser analisado nas comissões de Finanças e de Trabalho. A data marcada inicialmente para votação final em plenário é 24 de março.