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20 MOTIVOS PARA VACINAR OS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO JÁ

A deputada Luciane Carminatti (PT), coautora do Projeto de Lei 002.3/2020, defende a vacinação dos trabalhadores em Educação antes da reabertura das escolas. Abaixo, a parlamentar lista 20 motivos para a vacina já!

  1. As escolas precisam reabrir, com segurança! As atividades escolares estão entre as mais prejudicadas pela pandemia, com a interrupção das aulas presenciais por mais de dez meses e inúmeras barreiras impostas pelo ensino remoto, como a exclusão digital. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicou 4 anos de regressão na educação brasileira como impacto da Covid-19.
  1. A secretária estadual da Educação aponta que as escolas abertas movimentam 16% da população catarinense, quase 2 milhões de pessoas, um contingente enorme que passa a circular em função das escolas abertas.
  1. A Constituição Federal garante à criança e ao adolescente a proteção integral. As crianças são vetores de transmissão e convivem com avós idosos e adultos com comorbidades. Além disso, temos o exemplo do Reino Unido, onde se registra a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), um conjunto de reações do sistema imunológico que já havia aparecido em crianças durante os primeiros meses da pandemia no Reino Unido e que, agora, após o país assistir a um novo aumento recorde dos casos, voltou a acontecer com maior intensidade. 
  1. A UNICEF está pedindo a inclusão dos professores logo depois dos profissionais de saúde e dos grupos de risco. 
  1. A vacinação dos trabalhadores em educação não é para contemplar só uma categoria. Inclusive, estamos falando das merendeiras, dos zeladores, dos motoristas do transporte escolar. No mais, os professores já estão incluídos no Plano Nacional e no Plano Estadual de Imunização, mas na quarta fase. Ora, se eles foram incluídos entre os grupos prioritários, não foi pelo PT, não foi pelo sindicato, foi pelos especialistas em epidemiologia que assim ratificaram. 
  1. As aulas foram consideradas atividades essenciais. O parlamento de SC votou por essa classificação. Logo, se a educação é atividade essencial, os profissionais que atuam na prestação desse serviço essencial devem ser priorizados
  1. Por que defendemos só a vacinação dos trabalhadores do setor e não dos estudantes? Porque a vacina não está autorizada nem prevista para menores de 18 anos. 
  1. Por que os trabalhadores das escolas e não o frentista, a diarista, o atendente de farmácia? Primeiro, nós defendemos “VACINA JÁ para TODOS E TODAS”. Mas qualquer um consegue perceber que a Educação é uma atividade que gera AGLOMERAÇÃO. Nossas escolas têm CENTENAS de alunos em um único turno! Mesmo com o revezamento, é muito mais do que o número máximo de 30 pessoas orientado pelas autoridades sanitárias. 
  1. Além disso, quem está numa escola sabe que numa bomba de gasolina, no caixa de uma farmácia, numa casa, os trabalhadores atendem UMA pessoa por vez, e não uma turma de dezenas de crianças e adolescentes ao mesmo tempo!
  1. O PlanCon, Plano de Contingência Estadual para Educação, é o único atenuante para essa situação de risco que é o ambiente escolar, principalmente na rede pública de ensino aqui no Brasil. Mas MUITAS escolas AINDA NÃO ESTÃO COM SEUS PLANOS aprovados! Ou seja, estão prestes a reabrir as portas totalmente no escuro. Quem vai assumir a responsabilidade em caso de contaminação comunitária? Ou, se infelizmente, chegar a perder algum trabalhador ou alguma criança para a Covid-19? 
  1. O mesmo se diz em relação aos EPIs. Citando apenas um exemplo, sabem quantas máscaras cada professor de uma escola estadual de Chapecó recebeu, a menos de 1 semana do retorno às aulas? Um pacotinho com 10 máscaras simples descartáveis e uma viseira de proteção facial. O governo está distribuindo sabonete líquido pras escolas, mas esquece que lá não tem papel toalha pra enxugar a mão, sequer papel higiênico. O papel, a propaganda, aceita tudo. Na prática, quem está dentro das escolas sabe que o risco é gigante. 
  1. Citando apenas um caso, em Joinville, na escola municipal Anna Maria Harger, SEIS profissionais foram afastados já na primeira semana de aulas! A contaminação gerou o afastamento da diretora da escola e de outros servidores e coloca em risco a saúde e a vida de toda a comunidade escolar. 
  1. As diretrizes biossanitárias determinam a suspensão das aulas presenciais por 14 dias em caso de contaminação comunitária. Ou seja, na prática, vai ficar um vai e volta, uma bagunça total para o processo pedagógico, uma desordem para os estudos e para o psicológico das crianças e adolescentes, sem contar os transtornos para as famílias que terão de se adaptar às pressas aos filhos em casa novamente.
  1. Governadores estão apoiando: os governos da Bahia, do Ceará, do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal estão empenhados em vacinar os trabalhadores das escolas antes de reabrí-las. 
  1. Entidades e movimentos, de vários partidos, estão apoiando: Undime, Conselho de Secretários de Estado da Educação, CNTE, Comissões de Educação da Câmara Federal e do Senado, Movimento Todos Pela Educação, entre outros.  
  1. O Reino Unido inseriu professores na segunda fase de vacinação, destinada aos profissionais com alto risco de exposição e/ou responsáveis pela execução de serviços públicos essenciais. 
  1. Os Estados Unidos previram que os profissionais da educação em sentido amplo deverão ser imunizados na fase “1b” de seu Plano Nacional, que é dividido nas fases “1a”, “1b”, “1c” e “2”, ou seja, já logo após os profissionais de saúde e os residentes em casas de repouso.
  1. A Alemanha classificou os professores como um dos grupos inseridos na faixa de “alta prioridade” (Grupo 03), mesma categoria dos idosos acima de 60 anos e de portadores de comorbidades em geral. A vacinação da categoria da educação será iniciada imediatamente após a vacinação do grupo de prioridade máxima e de prioridade “mais alta”.
  1. Até 10/02, SC recebeu 298 mil doses e aplicou cerca de 97 mil, pra arredondar as contas. Ou seja, mesmo com a reserva de metade do estoque para a segunda dose, tem HOJE 52 mil doses de vacina PARADAS. Com essas 52 mil doses PARADAS dava pra vacinar 70% dos professores da educação básica, em exercício, de toda a rede pública de SC. Nós não estamos pedindo pra tirar dali e colocar aqui, apenas trazemos essa comparação para demonstrar o quanto é possível, sim, oferecer retorno seguro às escolas, basta assumir isso como prioridade, colocar empenho e decisão política. 
  1. Somos a favor da vida, da saúde e das escolas, tudo junto! 
Deputada Luciane Carminatti (PT) é professora e presidenta da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de SC

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20 MOTIVOS PARA VACINAR OS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO JÁ

A deputada Luciane Carminatti (PT), coautora do Projeto de Lei 002.3/2020, defende a vacinação dos trabalhadores em Educação antes da reabertura das escolas. Abaixo, a parlamentar lista 20 motivos para a vacina já!

  1. As escolas precisam reabrir, com segurança! As atividades escolares estão entre as mais prejudicadas pela pandemia, com a interrupção das aulas presenciais por mais de dez meses e inúmeras barreiras impostas pelo ensino remoto, como a exclusão digital. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicou 4 anos de regressão na educação brasileira como impacto da Covid-19.
  1. A secretária estadual da Educação aponta que as escolas abertas movimentam 16% da população catarinense, quase 2 milhões de pessoas, um contingente enorme que passa a circular em função das escolas abertas.
  1. A Constituição Federal garante à criança e ao adolescente a proteção integral. As crianças são vetores de transmissão e convivem com avós idosos e adultos com comorbidades. Além disso, temos o exemplo do Reino Unido, onde se registra a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), um conjunto de reações do sistema imunológico que já havia aparecido em crianças durante os primeiros meses da pandemia no Reino Unido e que, agora, após o país assistir a um novo aumento recorde dos casos, voltou a acontecer com maior intensidade. 
  1. A UNICEF está pedindo a inclusão dos professores logo depois dos profissionais de saúde e dos grupos de risco. 
  1. A vacinação dos trabalhadores em educação não é para contemplar só uma categoria. Inclusive, estamos falando das merendeiras, dos zeladores, dos motoristas do transporte escolar. No mais, os professores já estão incluídos no Plano Nacional e no Plano Estadual de Imunização, mas na quarta fase. Ora, se eles foram incluídos entre os grupos prioritários, não foi pelo PT, não foi pelo sindicato, foi pelos especialistas em epidemiologia que assim ratificaram. 
  1. As aulas foram consideradas atividades essenciais. O parlamento de SC votou por essa classificação. Logo, se a educação é atividade essencial, os profissionais que atuam na prestação desse serviço essencial devem ser priorizados
  1. Por que defendemos só a vacinação dos trabalhadores do setor e não dos estudantes? Porque a vacina não está autorizada nem prevista para menores de 18 anos. 
  1. Por que os trabalhadores das escolas e não o frentista, a diarista, o atendente de farmácia? Primeiro, nós defendemos “VACINA JÁ para TODOS E TODAS”. Mas qualquer um consegue perceber que a Educação é uma atividade que gera AGLOMERAÇÃO. Nossas escolas têm CENTENAS de alunos em um único turno! Mesmo com o revezamento, é muito mais do que o número máximo de 30 pessoas orientado pelas autoridades sanitárias. 
  1. Além disso, quem está numa escola sabe que numa bomba de gasolina, no caixa de uma farmácia, numa casa, os trabalhadores atendem UMA pessoa por vez, e não uma turma de dezenas de crianças e adolescentes ao mesmo tempo!
  1. O PlanCon, Plano de Contingência Estadual para Educação, é o único atenuante para essa situação de risco que é o ambiente escolar, principalmente na rede pública de ensino aqui no Brasil. Mas MUITAS escolas AINDA NÃO ESTÃO COM SEUS PLANOS aprovados! Ou seja, estão prestes a reabrir as portas totalmente no escuro. Quem vai assumir a responsabilidade em caso de contaminação comunitária? Ou, se infelizmente, chegar a perder algum trabalhador ou alguma criança para a Covid-19? 
  1. O mesmo se diz em relação aos EPIs. Citando apenas um exemplo, sabem quantas máscaras cada professor de uma escola estadual de Chapecó recebeu, a menos de 1 semana do retorno às aulas? Um pacotinho com 10 máscaras simples descartáveis e uma viseira de proteção facial. O governo está distribuindo sabonete líquido pras escolas, mas esquece que lá não tem papel toalha pra enxugar a mão, sequer papel higiênico. O papel, a propaganda, aceita tudo. Na prática, quem está dentro das escolas sabe que o risco é gigante. 
  1. Citando apenas um caso, em Joinville, na escola municipal Anna Maria Harger, SEIS profissionais foram afastados já na primeira semana de aulas! A contaminação gerou o afastamento da diretora da escola e de outros servidores e coloca em risco a saúde e a vida de toda a comunidade escolar. 
  1. As diretrizes biossanitárias determinam a suspensão das aulas presenciais por 14 dias em caso de contaminação comunitária. Ou seja, na prática, vai ficar um vai e volta, uma bagunça total para o processo pedagógico, uma desordem para os estudos e para o psicológico das crianças e adolescentes, sem contar os transtornos para as famílias que terão de se adaptar às pressas aos filhos em casa novamente.
  1. Governadores estão apoiando: os governos da Bahia, do Ceará, do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal estão empenhados em vacinar os trabalhadores das escolas antes de reabrí-las. 
  1. Entidades e movimentos, de vários partidos, estão apoiando: Undime, Conselho de Secretários de Estado da Educação, CNTE, Comissões de Educação da Câmara Federal e do Senado, Movimento Todos Pela Educação, entre outros.  
  1. O Reino Unido inseriu professores na segunda fase de vacinação, destinada aos profissionais com alto risco de exposição e/ou responsáveis pela execução de serviços públicos essenciais. 
  1. Os Estados Unidos previram que os profissionais da educação em sentido amplo deverão ser imunizados na fase “1b” de seu Plano Nacional, que é dividido nas fases “1a”, “1b”, “1c” e “2”, ou seja, já logo após os profissionais de saúde e os residentes em casas de repouso.
  1. A Alemanha classificou os professores como um dos grupos inseridos na faixa de “alta prioridade” (Grupo 03), mesma categoria dos idosos acima de 60 anos e de portadores de comorbidades em geral. A vacinação da categoria da educação será iniciada imediatamente após a vacinação do grupo de prioridade máxima e de prioridade “mais alta”.
  1. Até 10/02, SC recebeu 298 mil doses e aplicou cerca de 97 mil, pra arredondar as contas. Ou seja, mesmo com a reserva de metade do estoque para a segunda dose, tem HOJE 52 mil doses de vacina PARADAS. Com essas 52 mil doses PARADAS dava pra vacinar 70% dos professores da educação básica, em exercício, de toda a rede pública de SC. Nós não estamos pedindo pra tirar dali e colocar aqui, apenas trazemos essa comparação para demonstrar o quanto é possível, sim, oferecer retorno seguro às escolas, basta assumir isso como prioridade, colocar empenho e decisão política. 
  1. Somos a favor da vida, da saúde e das escolas, tudo junto! 
Deputada Luciane Carminatti (PT) é professora e presidenta da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de SC
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