Alertar a população sobre as consequências gravíssimas da aprovação da reforma da previdência é o debate que tem levado a deputada estadual Luciane Carminatti a percorrer os municípios catarinenses, especialmente no oeste do estado. No mês de março, a parlamentar esteve em 15 cidades da região, além de se dedicar a um ciclo de conversas nas comunidades de Chapecó.
Na avaliação da deputada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287), que trata da reforma da previdência, é perversa, pois retira direitos que foram conquistados com muito sacrifício. “Com a exigência de 65 anos de idade mínima e 49 anos de contribuição previdenciária, é provável que muitos brasileiros trabalhem a vida toda e mesmo assim não consigam usufruir do seu direito de receber uma aposentadoria digna e proteção social na velhice”, analisa.
Segundo Luciane, a proposta ataca a parcela da população que mais deveria ter amparo do poder público. “O governo não cobra as dívidas das grandes empresas e dos sonegadores, nem mexe nos altos salários, mas pressiona para aprovar a PEC que fecha as portas de emprego para os jovens, retira a aposentadoria especial dos agricultores e professores e castiga todos os trabalhadores, principalmente as mulheres. É uma decisão covarde e indigna aprovar uma proposta como essa”, enfatiza.
Enquanto deputada estadual, Luciane não participará das votações que devem ocorrer na Câmara Federal e no Senado nos próximos meses. Mesmo assim, por conta da sua posição clara contra a PEC 287 e atuação comprometida com o debate público, a parlamentar se tornou referência no assunto. “A indignação cresce quando as pessoas tomam conhecimento dessas mudanças. É importante dizer que se essa reforma for aprovada a derrota não será apenas da classe trabalhadora, mas também do município que terá sua arrecadação reduzida e do comércio e indústria que venderão menos. Todo o crescimento econômico estará comprometido”, afirma Luciane, ao lembrar que 70% dos municípios têm como principal renda os benefícios sociais repassados à população.
É por isso que a deputada defende uma grande articulação entre todos os trabalhadores para pressionar os deputados e senadores a votarem pela rejeição total da proposta. “Não queremos emendas dos parlamentares, mas sim que a PEC 287 vá integralmente para a lata de lixo”, ressalta.
Nos próximos dias, a deputada participará de outros debates, entre os já confirmados estão Concórdia, Chapecó, São Lourenço do Oeste, Caibi, Palma Sola e Romelândia.