A deputada Luciane Carminatti (PT) requisitou ao Governo do Estado a solução urgente dos problemas e dificuldades enfrentados pelos trabalhadores da saúde durante a prestação de serviços públicos no combate à pandemia de Covid-19.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Saúde Pública Estadual e Privado de Florianópolis, SindSaúde, faltam desde equipamentos de proteção individual até treinamentos de manejo clínico para enfrentar a contaminação por coronavírus.
“A situação está bem difícil. Não fomos recebidos na Secretaria de Estado da Saúde para colocar várias questões que estão sem encaminhamento. Há restrição de uso para máscaras e aventais. Temos servidores com mais de 60 anos, gestantes, que coabitam com idosos e esses profissionais não podem se afastar. Não sabemos como daremos conta de chegar ao trabalho a partir de quinta”, relatam.
Os servidores também alertam para a demora na capacitação referente ao protocolo de manejo clínico para médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, emitido pelo Ministério da Saúde. “Não damos conta de responder o que na verdade poderia ser resolvido com treinamento rápido, por exemplo, o que fazer com paciente que vai a óbito pelo coronavírus”, revela a direção do SindSaúde.
Em ofício ao governador Carlos Moisés da Silva e ao secretário de estado da saúde, Helton Zeferino, protocolado nesta quarta (18/03), Luciane Carminatti apelou para que a reunião com a categoria aconteça o quanto antes e para que o governo não deixe de considerar os recursos humanos entre os itens que demandam investimentos extras para enfrentar a pandemia de Covid-19.
“Além da sobrecarga física e emocional imposta pelo serviço público neste momento, esses trabalhadores não estão liberados para lidar com os transtornos causados em seus lares e famílias. Não podemos aceitar que os servidores sejam sacrificados pela falta de investimento do governo do Estado”, defendeu.
A parlamentar incluiu nesse grupo os(as) trabalhadores(as) terceirizados(as) que prestam serviço de limpeza e vigilância nas unidades de saúde, em condições socioeconômicas ainda mais vulneráveis para enfrentar a pandemia.