A deputada Luciane Carminatti (PT), presidente da comissão de Educação da Alesc, se manifestou logo após o recebimento da PEC que aumenta para R$ 5 mil a remuneração dos profissionais com graduação, 40 horas semanais e salário atual inferior.

A proposta de emenda constitucional foi entregue pelo governador Carlos Moisés da Silva à Alesc nesta quinta (08/07). 

“Recebemos essa PEC de forma muito positiva, pois ela contempla cerca de 50 mil profissionais e é certo que sempre vamos trabalhar por renda justa e digna a eles. Mas não vamos perder o foco de que nesta Casa existe uma comissão mista debatendo o plano de carreira. O envio desta PEC não substitui o trabalho dessa comissão para garantir remuneração justa, digna e necessária a todos do quadro público do magistério”, adiantou.

A Comissão Mista, presidida pela parlamentar, já realizou três reuniões e tem até o final deste mês de julho para apresentar e votar o relatório com uma proposta de novo plano de carreira ao magistério estadual. 

“O atual plano de carreira não é nada atrativo e tem um agravante: o professor que estuda mais, que se qualifica, não é valorizado, a ponto de ter diferença de 9 reais entre mestrado e doutorado, 20 reais entre especialização e mestrado. Precisamos de uma carreira que considere e valorize a qualificação e o tempo dedicado”, defendeu.

Luciane Carminatti também destacou que a PEC dos 5 mil não deve neutralizar o debate na Alesc sobre os impactos da reforma da previdência ao magistério. 

“Não se pode dar de um lado e tirar de outro. Os aposentados terão de contribuir com 14%, o que hoje não existe, e tantos ativos quanto inativos estão há anos sem reajuste sequer da inflação. A reforma nos preocupa também pela redução da isenção, aumento da idade e do tempo de contribuição. Nós vamos trabalhar por uma proposta que seja o menos injusta possível, aos educadores e aos servidores públicos como um todo”, finalizou.