Nesta sexta (05/08), às 17h30, uma audiência pública virtual vai debater o ensino obrigatório da história e cultura afroindígena na rede de ensino em Santa Catarina. O debate é promovido pela Comissão de Educação da Alesc, por proposição da deputada estadual Luciane Carminatti (PT), com transmissão ao vivo pela TV AL e pelo canal da Alesc no youtube.
Desde 2008, a lei federal 11.645 inclui no conteúdo programático da educação básica diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir dos dois grupos étnicos: africano e indígena. Porém, treze anos depois, a lei ainda não está consolidada nas escolas de Santa Catarina.
“Precisamos fazer esse debate, sobre a necessidade de formação e atuação dos nossos educadores e educadoras para promover o ensino da história e da cultura afroindígena, pois estamos falando das nossas raízes e da dívida histórica que temos com esses povos”, enfatiza Luciane.
A proponente do debate reforça que o público-alvo da audiência pública são todos os educadores e educadoras. “Não é apenas para professores de história, esse tema deve ser abordado das mais diversas formas dentro do currículo escolar”.
Participarão da audiência pública: a secretaria estadual de educação, a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-SC), docentes da UFSC e da UDESC, representantes do SINTE e do CEPE, integrantes de movimentos negros nacionais e estaduais, além de representações indígenas.
Confira a lista completa dos participantes:
- Prof Flávio Ferreira Luciano – Professor da Rede Estadual de Educação e articulador da Audiência Pública
- Profª Aleida Cardoso Corrêa/ Coordenadora Municipal do Departamento de Direitos Humanos, da Mulher e Igualdade Racial/ FMDS/Tubarão e proponente da Audiência Pública
- Profª Ingrid Assis Sateré Mawé – Representante da Etnia Guarani, da Aldeia Indígena Guarani – Morro dos Cavalos na Palhoça. Diretora de Conteúdo Indígena da Revista INSPIRAÇÃO TEEN. Colunista do Portal Desacato com a temática indígena
- Prof Clovis António Brighenti – Consultor Nacional sobre a Lei 11.645 – da política Afro-Brasileira e Indígena, representando a UNILA – Universidade Federal da Integração Latino-Americana , em Foz do Iguaçu
- Secretário Maurício da Silva, representando a UNDIME/SC
- Prof Marcio Souza representando o SINTE/SC – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina e o CEPA- Conselho Estadual das Populações Afrodescendentes
- Prof Davi Timótio Martins – gestor da Escola Indígena de Educação Básica Taguató, do povo Guarani, mestre em antropologia pela UFSC, professor e liderança na Comissão Nhemonguetá
- Profª Drª Glória Regina Botelho – Grupo Curitiblack da UFSC/Curitibanos
- Marcos Rodrigues da Silva – Pesquisador associado do NEAB/UDESC – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UDESC
- Jeruse Romão – Representante do MNU – Movimento Negro Unificado, escritora, professora e atuante na Educação para as relações étnico-raciais
- Profª Walderis Coctta Priprá – Representante da Etnia Xokleng/Laklãnõ – Mestre em antropologia pela UFSC, liderança e professora do povo da Terra Indígena Xokleng/Laklãnõ
- Profª Maria Helena Tomaz – Coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros/NEAB-Udesc
- Yérsia Souza de Assis – representante do NUER – Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas da UFSC
- Helena Alpini Rosa e Cesar Cancian Della Rosa – Secretaria Estadual de Educação