Os constantes casos de violência e perseguições contra professoras e professores em Santa Catarina e no Brasil são tema de uma ampla pesquisa nacional realizada pelo Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/es. O lançamento do estudo será realizado na próxima quinta-feira (6), na Assembleia Legislativa, a partir das 14h.
O objetivo do estudo é produzir dados para possibilitar uma compreensão mais ampla dos discursos de ódio, do fenômeno das perseguições e a violência contra os educadores. A partir disso, será desenvolvido um protocolo de acolhimento, tanto jurídico quanto psicológico às vítimas.
“Essa é uma importante discussão a ser feita. Temos visto uma escalada de ataques contra professores. Nossos educadores já sofrem com baixos salários, condições insalubres de trabalho, insegurança nos contratos de trabalho e casos de violência também de estudantes. Ser professor no Brasil e em Santa Catarina não é fácil”, afirma a deputada Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alesc.
O estudo “A violência contra educadores como ameaça à educação democrática: um estudo sobre a perseguição de educadores no Brasil” é uma iniciativa do Núcleo de Estudos em Educação Democrática (NEED) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e conta com pesquisadores de todo o país.
Tem parceria também do Ministério da Educação e do gabinete da deputada Luciane Carminatti. Em Santa Catarina, a pesquisa será implementada pelo Núcleo de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (Nepre), que atuará diretamente nas escolas.
A primeira etapa da pesquisa é um questionário on-line para ser respondido por professoras e professores de todo o país na intenção de gerar dados de forma sistemática sobre os ataques e os avanços dos movimentos extremistas. Depois, em um segundo momento, serão feitas entrevistas com uma amostragem para se aprofundar no impacto desses ataques.
O formulário para a pesquisa está disponível aqui: https://onveuff.com/a-pesquisa/ e os professores já podem participar.
A deputada Luciane Carminatti reforça a importância de divulgar essa pesquisa e o formulário de participação. “Precisamos fazer com que essa informação chegue em todos os municípios, em todas as escolas. Todos os educadores podem e precisam responder às questões. Só assim teremos um cenário mais completo das violências sofridas dentro e fora das salas de aula”, destaca.
O evento para lançamento da pesquisa em Santa Catarina será realizado no Plenarinho da Assembleia. É gratuito e aberto ao público. Não precisa se inscrever para participar.
