Debater as dificuldades e encaminhar requerimento à Secretaria de Estado da Educação e Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) para a distribuição de uma cartilha, a todas as escolas, com informações e formas de acolhimento às pessoas com transtorno do espectro autista e suas famílias foi a proposta pela Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Transtorno Espectro Autista.
Deputados receberam na Alesc o estudante Joaquim Goulart Masiel, de 8 anos. O menino tem Transtorno do Espectro Autista e, com o auxílio dos pais, produz conteúdo para as redes sociais digitais e ajuda a divulgar a cartilha “Sou diferente e daí? Tem lugar aí pra mim?”, escrita por Aline Campos, que trata de inclusão e tem como objetivo apresentar as diferenças e potencialidades das pessoas com esse transtorno, e ajudar a acabar com os preconceitos.
A família de Joaquim busca desenvolver um trabalho que abrange não apenas a conscientização sobre o TEA, mas também a promoção de políticas inclusivas e o apoio a famílias e indivíduos afetados, contribuindo significativamente para uma sociedade mais justa e igualitária.
A presidente da Comissão de Educação, deputada Luciane Carminatti (PT), falou sobre uma lei criada em seu segundo mandato que trata da contratação do segundo professor (ou professor auxiliar) em sala de aula. “A grande dificuldade é que a maioria dos contratados não tem formação específica. Temos que cobrar do Estado e das escolas que os professores, que se dedicam a crianças com necessidades especiais, tenham formação adequada”.
Cartilha Sou diferente e daí? Tem lugar aí pra mim?
Josiane Masiel, educadora e mãe de Joaquim, ressaltou que o maior desafio é pensar em uma sociedade mais acolhedora. “Os comportamentos das pessoas com TEA são um tanto desafiadores, dependendo de cada grau, mas a grande questão é trabalhar a inclusão já com as crianças para que aprendam e se comportem de uma forma acolhedora. A cartilha não trata só de autismo, mas trata de diferenças. Recebemos a cartilha num momento em que Joaquim estava sofrendo com bullying na escola, então entendemos sua importância e a importância de sua divulgação não só na escola de Joaquim, mas em todas as outras escolas”.
Para Joaquim, distribuir a cartilha e continuar a divulgação de ações inclusivas tem que acontecer. “Minha mãe planejou que minha turma na escola estudasse a cartilha e daí ela pensou que seria mais legal se fosse distribuída para mais escolas, para diminuir muito a quantidade de bullying e pra mais ninguém sofrer com isso”.
*Com informações da Agência AL