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Alesc promove roda de conversa sobre racismo estrutural e a cultura afro-brasileira

O racismo estrutural e a cultura afro-brasileira centraram a reflexão da roda de conversa  promovida pelo Parlamento nesta quarta-feira (22/11), no Plenarinho, por proposição da deputada Luciane Carminatti (PT). O evento marcou a Semana da Consciência Negra, que iniciou na segunda, dia 20, data que celebra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, instituído pela Lei 12.519/2011.

A data faz referência ao dia em que Zumbi teria sido capturado e morto em 1695. Zumbi foi líder do Quilombo dos Palmares, o maior da história do Brasil.

— O dia 20 é reconhecido nacionalmente como o dia da Consciência Negra e todo o novembro é  considerado o mês negro, justamente para reconhecermos  e refletirmos toda a história de luta e de resistência do povo negro, de Zumbi de Palmares, que representa muito bem a história de colonização de nosso país e a luta de direitos do povo negro —, destacou Luciane.

A deputada observa que Santa Catarina tem hoje  mais  de 12% de sua população negra e que por isso o Estado não poderia ficar fora desse debate.

— Temos que ter  um olhar e uma atuação a respeito da causa negra. Por isso falar em uma roda de conversa com pessoas negras e negros  é sentir na pele a sua dor pelo racismo que ainda temos que combater —, avaliou.

A parlamentar também comentou que nos últimos dez anos, o Brasil avançou através da implantação da política de cotas.

— Em Santa Catarina precisamos avançar ainda mais —, pontuou.

No Plenarinho lotado, participaram da roda, ativistas e agentes políticos, além de representantes de associações de educadores e do movimento negro.

Invisibilidade

Para a ativista Luciana de Freitas Silveira, do Movimento Negro Unificado, a importância da contribuição da cultura afro-brasileira para o Estado é evidente, mas ainda está invisível.   

— Se a gente for pensar em Santa Catarina como um estado que se diz forjado pela colonização europeia e que  hoje temos cadastrados no INCRA 19 comunidades quilombolas, podemos entender que este estado também foi forjado pela luta da comunidade negra. A cultura negra em Santa Catarina está presente, porém como temos uma história que invisibiliza o negro no estado, esta cultura se torna invisível —, observa.  

Reflexão

O  coordenador estadual da Nova Frente Negra Brasileira de SC e líder do Movimento Humaniza SC, José Elito Ribeiro, avalia que a Semana da Consciência Negra é um  momento importante de reflexão e de lutas, principalmente contra o racismo.

— É um momento de reflexão nacional dos problemas e desafios que ainda vivenciamos no dia a dia, como a questão do racismo que ainda, infelizmente, está impregnado na sociedade  e este racismo impede que a sociedade avance. Esta sociedade recusa a uma parcela significativa da população seus direitos básicos de acesso e oportunidades e de representatividade —, avaliou.

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Alesc promove roda de conversa sobre racismo estrutural e a cultura afro-brasileira

O racismo estrutural e a cultura afro-brasileira centraram a reflexão da roda de conversa  promovida pelo Parlamento nesta quarta-feira (22/11), no Plenarinho, por proposição da deputada Luciane Carminatti (PT). O evento marcou a Semana da Consciência Negra, que iniciou na segunda, dia 20, data que celebra o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, instituído pela Lei 12.519/2011.

A data faz referência ao dia em que Zumbi teria sido capturado e morto em 1695. Zumbi foi líder do Quilombo dos Palmares, o maior da história do Brasil.

— O dia 20 é reconhecido nacionalmente como o dia da Consciência Negra e todo o novembro é  considerado o mês negro, justamente para reconhecermos  e refletirmos toda a história de luta e de resistência do povo negro, de Zumbi de Palmares, que representa muito bem a história de colonização de nosso país e a luta de direitos do povo negro —, destacou Luciane.

A deputada observa que Santa Catarina tem hoje  mais  de 12% de sua população negra e que por isso o Estado não poderia ficar fora desse debate.

— Temos que ter  um olhar e uma atuação a respeito da causa negra. Por isso falar em uma roda de conversa com pessoas negras e negros  é sentir na pele a sua dor pelo racismo que ainda temos que combater —, avaliou.

A parlamentar também comentou que nos últimos dez anos, o Brasil avançou através da implantação da política de cotas.

— Em Santa Catarina precisamos avançar ainda mais —, pontuou.

No Plenarinho lotado, participaram da roda, ativistas e agentes políticos, além de representantes de associações de educadores e do movimento negro.

Invisibilidade

Para a ativista Luciana de Freitas Silveira, do Movimento Negro Unificado, a importância da contribuição da cultura afro-brasileira para o Estado é evidente, mas ainda está invisível.   

— Se a gente for pensar em Santa Catarina como um estado que se diz forjado pela colonização europeia e que  hoje temos cadastrados no INCRA 19 comunidades quilombolas, podemos entender que este estado também foi forjado pela luta da comunidade negra. A cultura negra em Santa Catarina está presente, porém como temos uma história que invisibiliza o negro no estado, esta cultura se torna invisível —, observa.  

Reflexão

O  coordenador estadual da Nova Frente Negra Brasileira de SC e líder do Movimento Humaniza SC, José Elito Ribeiro, avalia que a Semana da Consciência Negra é um  momento importante de reflexão e de lutas, principalmente contra o racismo.

— É um momento de reflexão nacional dos problemas e desafios que ainda vivenciamos no dia a dia, como a questão do racismo que ainda, infelizmente, está impregnado na sociedade  e este racismo impede que a sociedade avance. Esta sociedade recusa a uma parcela significativa da população seus direitos básicos de acesso e oportunidades e de representatividade —, avaliou.

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