Presidente da Comissão de Educação e Cultura, a deputada Luciane Carminatti (PT) saiu da reunião na Secretaria de Educação (SED) com uma boa notícia: ficam mantidas as matrículas nas Casas Familiares Rurais. As datas previstas são 9 e 10 de dezembro, seguindo o calendário da rede estadual de ensino.
Foram duas horas de reunião, momentos tensos e muitos questionamentos sobre o fechamento dessas escolas. “Uma decisão arbitrária por parte da Secretaria da Educação. Temos os documentos que comprovam a ordem para o fechamento das escolas e das matrículas para os primeiros anos. Todos sabem a importância dessas casas para a formação de jovens para a prática no campo e para a manutenção da agricultura familiar”, defende Carminatti.
O assunto veio à tona na última semana, com manifestação intensa de pais, professores e alunos durante a Alesc Itinerante em Chapecó. Ao todo, Santa Catarina tem 11 escolas que oferecem ensino médio técnico em regime de alternância. Os alunos passam uma semana na escola em período integral e outra em casa, aplicando os conhecimentos.
Das 11 escolas, a determinação da SED era para fechamento imediato de quatro e a suspensão de matrícula para os primeiros anos nas demais, o que resultaria em fechamento das escolas em dois anos a partir de 2025.
A parlamentar levantou ainda a questão da educação no campo, onde estão sendo fechadas turmas e remanejados os alunos, sem conversar com os pais. “A médio e longo prazo o resultado por ser o abandono escolar e o fechamento das escolas. Em muitos lugares esses são os únicos equipamentos perto das familías”, explicou Carminatti.
Participaram da reunião o secretário da Educação, Aristides Cimadon; a secretária adjunta, Patrícia Lueders; e a gerente de Ensino Médio e Profissional da SED,Jocelete Isaltina da Silveira Santos; além dos deputados Altair Silva, Fabiano da Luz, Marquito e Volnei Weber.