Aos catarinenses que nos acompanham, aqui nesta Casa ou pela TV AL, e aos nobres colegas deputados, eu volto a este plenário para trazer novas informações sobre uma situação que não podemos permitir: o nosso estado está prestes a perder a sua SEXTA maior empresa! É isso mesmo.
Qual seria a reação dos senhores se soubessem que a TUPY, indústria metalúrgica com sede em Joinville, conhecida nacionalmente, estivesse saindo de Santa Catarina? Certamente moveríamos mundos e fundos para impedir. Pois eu digo aos senhores que uma empresa AINDA MAIOR que a Tupy está prestes a deixar o nosso estado e migrar para o Rio Grande do Sul.
Estou falando da Eletrosul. Vejam no quadro a seguir. Este é o ranking das DEZ maiores empresas de Santa Catarina, onde a Eletrosul aparece na sexta posição, pela avaliação mais recente, de 2017.
O valor ponderado de grandeza chega a TRÊS BILHÕES E MEIO de reais! Esse índice é resultado da soma do Patrimônio Líquido, da Receita Líquida, e do Resultado, cada um com seu devido peso.
É este capital que o nosso estado está prestes a perder. E o que estamos fazendo para impedir? Ainda ontem encaminhamos a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Eletrosul. Estamos fazendo a nossa parte.
Mas e o Governo do Estado? O que fez até agora para impedir que os catarinenses percam a Eletrosul? Eu solicitei uma audiência com o Governador Moisés para obter essa resposta o mais brevemente possível.
Sabemos que apenas em tributos, a Eletrosul destinou SEISCENTOS milhões de reais no último ano, uma parte desse valor para o ICMS, principal fonte de renda do nosso estado.
Também precisamos agir para evitar que o nosso estado perca as contribuições sociais da Eletrosul. Foram QUATRO MILHÕES E MEIO de reais em projetos de Educação e Cultura somente no último ano. Bem sabemos o quanto esse valor faz a diferença para estes setores prioritários da nossa sociedade. Para reforçar, trago aos colegas o resultado, na prática, desta contribuição social.
(RODA VÍDEO REPORTAGEM SOBRE PROJETO SOCIAL APOIADO PELA ELETROSUL)
Agora eu pergunto: quem quer perder isso? Como ficarão essas CEM crianças e suas famílias se a Eletrosul for incorporada pela minúscula companhia gaúcha CGTE? E este é apenas um projeto, ao todo FORAM TREZE apoios no último ano.
Para quem ainda não dimensionou, eu convido a acompanhar esse vídeo de apenas UM MINUTO.
(Roda vídeo Apresentação da Eletrosul )
Como eu disse ontem, a Eletrosul garante o sustento de pelo menos MIL E TREZENTAS famílias. Na região da Grande Florianópolis, são SEISCENTOS funcionários que estão sem saber o seu futuro. Em folha de pagamento bruta, a empresa injetou mais de DUZENTOS E QUARENTA MILHÕES de reais em 2018. Dinheiro que circula pela economia do nosso estado.
Hoje de manhã, como vice-presidente da Comissão de Finanças, eu acompanhei a fala preocupante do Secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli. Quando chega o final do mês, faltam no caixa do governo duzentos e cinquenta milhões de reais. Se tem todo um esforço para diminuir esse déficit, certamente é contraditório permitirmos a saída da sexta maior empresa de Santa Catarina.
Por isso, mais uma vez, eu chamo à responsabilidade o governo do Estado, os dirigentes da Eletrosul, que tem o dever de serem transparentes, e a imprensa, que também tem o papel de cobrar transparência nesse processo.
Lembro aqui que a decisão passa pela Eletrobrás, estatal do governo de Jair Bolsonaro, mesmo partido do nosso governador Carlos Moisés. O governador se elegeu pelo mesmo partido do Presidente, agora é hora de colocar essa aproximação em favor do nosso Estado.