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Professores de SC podem participar de pesquisa sobre violência contra educadores

Professores de Santa Catarina, da educação infantil à universidade pública ou privada, podem participar de pesquisa nacional sobre a violência contra educadores. A pesquisa foi divulgada na última quinta-feira (06) e será lançada oficialmente hoje pelo Ministério da Educação. 

Para participar da pesquisa, basta acessar o site onveuff.com, do Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/es, vinculado à Universidade Federal Fluminense (UFF), clicar no ícone “participe da pesquisa” e responder o questionário.

“É um survey (pesquisa para obtenção de dados) aplicado nacionalmente, de maio a julho, com a possibilidade de estender até agosto. Queremos saber o perfil do professor para entender os mais perseguidos e verificar o tamanho da exposição à violência”, explicou o professor Fernando Penna, da UFF e coordenador da pesquisa.

Concluída a primeira etapa, segundo Penna, terá início a segunda etapa, com a entrevista de vários professores vítimas de violência para “dar cara ao fenômeno”.

Pena explicou que a pesquisa trabalha com a base de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que permite saber exatamente quantos professores estão em atividade atualmente no Brasil, tanto nas escolas públicas, quanto nas privadas.

“Constituímos uma amostra com dez cenários: no Cenário 1 temos o mínimo de validade; no Cenário 5 poderemos generalizar em grandes regiões; e no Cenário 10 as generalizações poderão se dar por estado”, informou Penna, aludindo ao número de professores que participarem do survey, quanto mais elevado, mais precisa a pesquisa.

Se em Santa Catarina um grande número de professores responderem o questionário, será possível trazer à tona os números da violência contra os educadores no território catarinense.

“Estou aqui para convidar a participarem, para pedir que compartilhem a pesquisa nos grupos do WhatsApp, se a gente tiver os dados, estaremos em condições de demandar políticas públicas”, ponderou o pesquisador da UFF, que garantiu que os relatos daqueles que já responderam o questionário “é de cortar o coração”.

Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação e Cultura, destacou a importância da pesquisa e apelou aos professores para que participem e respondam o questionário.

“Perdemos a conta da quantidade dos profissionais que sofreram violência, muitas denúncias não chegam à Comissão de Educação, mas Santa Catarina virou laboratório de perseguição dos educadores. Estudantes são incentivados a denunciar por grupos ideológicos, direções autoritárias, pais envolvidos em temáticas absurdas, descontextualizadas, que vêm pra dentro da escola”, declarou Carminatti.

Entre as denúncias de violência recebidas pela Comissão de Educação e Cultura, destaque para aula sobre escravidão, sobre o poder de compra do salário mínimo, racismo e diversidade.

“Todas denúncias muito fortes, mas uma me marcou porque o ataque se deu porque a professora trabalhou o tema do capacitismo (discriminação ou preconceito contra pessoas com alguma deficiência). Ela foi denunciada em rede social e imediatamente virou um movimento contra educadora, que foi parar no psiquiatra, com medicamentos até e a vontade de exercer a profissão foi destruída.”

A pesquisa
O objetivo da pesquisa é produzir dados para uma compreensão mais ampla do discurso de ódio e da violência contra educadores, para identificar e compreender uma nova configuração da violência contra professores, que se intensifica a cada ano.

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Professores de SC podem participar de pesquisa sobre violência contra educadores

Professores de Santa Catarina, da educação infantil à universidade pública ou privada, podem participar de pesquisa nacional sobre a violência contra educadores. A pesquisa foi divulgada na última quinta-feira (06) e será lançada oficialmente hoje pelo Ministério da Educação. 

Para participar da pesquisa, basta acessar o site onveuff.com, do Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/es, vinculado à Universidade Federal Fluminense (UFF), clicar no ícone “participe da pesquisa” e responder o questionário.

“É um survey (pesquisa para obtenção de dados) aplicado nacionalmente, de maio a julho, com a possibilidade de estender até agosto. Queremos saber o perfil do professor para entender os mais perseguidos e verificar o tamanho da exposição à violência”, explicou o professor Fernando Penna, da UFF e coordenador da pesquisa.

Concluída a primeira etapa, segundo Penna, terá início a segunda etapa, com a entrevista de vários professores vítimas de violência para “dar cara ao fenômeno”.

Pena explicou que a pesquisa trabalha com a base de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que permite saber exatamente quantos professores estão em atividade atualmente no Brasil, tanto nas escolas públicas, quanto nas privadas.

“Constituímos uma amostra com dez cenários: no Cenário 1 temos o mínimo de validade; no Cenário 5 poderemos generalizar em grandes regiões; e no Cenário 10 as generalizações poderão se dar por estado”, informou Penna, aludindo ao número de professores que participarem do survey, quanto mais elevado, mais precisa a pesquisa.

Se em Santa Catarina um grande número de professores responderem o questionário, será possível trazer à tona os números da violência contra os educadores no território catarinense.

“Estou aqui para convidar a participarem, para pedir que compartilhem a pesquisa nos grupos do WhatsApp, se a gente tiver os dados, estaremos em condições de demandar políticas públicas”, ponderou o pesquisador da UFF, que garantiu que os relatos daqueles que já responderam o questionário “é de cortar o coração”.

Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação e Cultura, destacou a importância da pesquisa e apelou aos professores para que participem e respondam o questionário.

“Perdemos a conta da quantidade dos profissionais que sofreram violência, muitas denúncias não chegam à Comissão de Educação, mas Santa Catarina virou laboratório de perseguição dos educadores. Estudantes são incentivados a denunciar por grupos ideológicos, direções autoritárias, pais envolvidos em temáticas absurdas, descontextualizadas, que vêm pra dentro da escola”, declarou Carminatti.

Entre as denúncias de violência recebidas pela Comissão de Educação e Cultura, destaque para aula sobre escravidão, sobre o poder de compra do salário mínimo, racismo e diversidade.

“Todas denúncias muito fortes, mas uma me marcou porque o ataque se deu porque a professora trabalhou o tema do capacitismo (discriminação ou preconceito contra pessoas com alguma deficiência). Ela foi denunciada em rede social e imediatamente virou um movimento contra educadora, que foi parar no psiquiatra, com medicamentos até e a vontade de exercer a profissão foi destruída.”

A pesquisa
O objetivo da pesquisa é produzir dados para uma compreensão mais ampla do discurso de ódio e da violência contra educadores, para identificar e compreender uma nova configuração da violência contra professores, que se intensifica a cada ano.

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