Situação ainda mais grave que a da rede federal, a Udesc não está sujeita a “contingenciamento”, é corte mesmo, ou seja, diminuição definitiva dos repasses financeiros.
O valor global repassado hoje pelo governo à Udesc permite que o percentual entre folha de pagamento e custeio fique na razão 75/25 por cento. Com o corte, como não é possível mexer na folha, essa razão subirá para 84/16 porcento. Isso quer dizer que, em relação às verbas disponíveis para custeio da universidade, o corte chegará a 40%, mais do que o anunciado pelo Governo Federal.
Até agora, o governador Carlos Moisés da Silva não recebeu a reitoria da Udesc, nem parlamentares ou representantes da comunidade universitária. O silêncio do comandante do Executivo preocupa. Por isso, entre os encaminhamentos da audiência pública destaco o compromisso de conseguir uma reunião com o governador do Estado para tratar pessoalmente do tema.
Como presidente da Comissão de Educação da Alesc, chamo a sociedade catarinense para juntar-se à mobilização em andamento, que na última semana reuniu mais de seiscentas pessoas em uma audiência pública contra os cortes.
Reafirmo posicionamento que tenho assumido desde 2012: sou favorável à redução do duodécimo para os Poderes e órgãos adjacentes, mas não admito que se mexa no orçamento da única universidade estadual de Santa Catarina.