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Regiões mais ricas de SC são as que mais concentram a pobreza, diz Luciane

A deputada Luciane Carminatti (PT) afirmou na tribuna da Alesc que as regiões mais ricas de SC são também as que mais concentram a pobreza em Santa Catarina e cobrou do governo do Estado planos e ações para o enfrentamento à pobreza. Segundo ela, no Plano Plurianual (PPA – 2023-2027) não há nenhuma diretriz que trata da questão.

— Joinville, Florianópolis e Blumenau somam 63% do PIB catarinense. Dois terços. Na contradição destes números, estas mesmas regiões concentram 57,66% das pessoas de baixa renda em Santa Catarina. É quase 1 milhão de inscritos no Cadastro Único da assistência social.

A deputada destacou que Joinville responde por 18,2% do PIB catarinense, Itajaí 16,35%, Florianópolis 13,75%, mas que no Cadastro Único 22,16% das pessoas estão em Blumenau, 18,87% em Joinville e 16,63% em Florianópolis.

— A pergunta é: onde é que entra o enfrentamento à pobreza? Estes quase 1 milhão de catarinenses não são importantes? Não dizem respeito, não tem nada a ver com a gestão do estado? Por que não tem nenhuma diretriz de geração e distribuição de renda? —, questionou.

Segundo ela, em cada cinco pessoas, uma consegue no máximo viver com meio salário mínimo por mês, ou seja, R$ 434.

Luciane contrapôs os números da pobreza do estado com os títulos de terceiro com mais bilionários do Brasil, segundo a Forbes, de segundo mais competitivo do país, que registrou recorde de arrecadação (em agosto foi de R$ 3,8 bi) e que tem estimativa de crescimento de 5% do PIB para 2023.

— Estamos falando de um estado que cresce,  que se desenvolve, não somos contra a riqueza, não somos contra o PIB alto, mas entendemos que há algo errado, aqui tem uma contradição a ser respondida. Como é que neste mesmo estado, com tamanho crescimento econômico, não tem distribuição de renda? Cresce, mas não distribui a todos os seus catarinenses esta riqueza.

Ela acrescentou que não tem dúvidas de que a pobreza, a miséria, a dor da fome, as injustiças sociais têm que ser algo que não é de esquerda ou de direita, mas é de coração, de quem vai à igreja no domingo rezar, de quem quer um país melhor, de quem quer um estado melhor e isso depende da política.

— Queremos que o pobre entre no orçamento com estratégias do governo do estado. Isto diz respeito a políticas públicas nos municípios, à saúde, o direito à creche, à renda, diz respeito aos produtos da cesta básica. Por isso trazemos esse tema que é, com certeza, preocupação de todos nós, 40 deputados.

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Regiões mais ricas de SC são as que mais concentram a pobreza, diz Luciane

A deputada Luciane Carminatti (PT) afirmou na tribuna da Alesc que as regiões mais ricas de SC são também as que mais concentram a pobreza em Santa Catarina e cobrou do governo do Estado planos e ações para o enfrentamento à pobreza. Segundo ela, no Plano Plurianual (PPA – 2023-2027) não há nenhuma diretriz que trata da questão.

— Joinville, Florianópolis e Blumenau somam 63% do PIB catarinense. Dois terços. Na contradição destes números, estas mesmas regiões concentram 57,66% das pessoas de baixa renda em Santa Catarina. É quase 1 milhão de inscritos no Cadastro Único da assistência social.

A deputada destacou que Joinville responde por 18,2% do PIB catarinense, Itajaí 16,35%, Florianópolis 13,75%, mas que no Cadastro Único 22,16% das pessoas estão em Blumenau, 18,87% em Joinville e 16,63% em Florianópolis.

— A pergunta é: onde é que entra o enfrentamento à pobreza? Estes quase 1 milhão de catarinenses não são importantes? Não dizem respeito, não tem nada a ver com a gestão do estado? Por que não tem nenhuma diretriz de geração e distribuição de renda? —, questionou.

Segundo ela, em cada cinco pessoas, uma consegue no máximo viver com meio salário mínimo por mês, ou seja, R$ 434.

Luciane contrapôs os números da pobreza do estado com os títulos de terceiro com mais bilionários do Brasil, segundo a Forbes, de segundo mais competitivo do país, que registrou recorde de arrecadação (em agosto foi de R$ 3,8 bi) e que tem estimativa de crescimento de 5% do PIB para 2023.

— Estamos falando de um estado que cresce,  que se desenvolve, não somos contra a riqueza, não somos contra o PIB alto, mas entendemos que há algo errado, aqui tem uma contradição a ser respondida. Como é que neste mesmo estado, com tamanho crescimento econômico, não tem distribuição de renda? Cresce, mas não distribui a todos os seus catarinenses esta riqueza.

Ela acrescentou que não tem dúvidas de que a pobreza, a miséria, a dor da fome, as injustiças sociais têm que ser algo que não é de esquerda ou de direita, mas é de coração, de quem vai à igreja no domingo rezar, de quem quer um país melhor, de quem quer um estado melhor e isso depende da política.

— Queremos que o pobre entre no orçamento com estratégias do governo do estado. Isto diz respeito a políticas públicas nos municípios, à saúde, o direito à creche, à renda, diz respeito aos produtos da cesta básica. Por isso trazemos esse tema que é, com certeza, preocupação de todos nós, 40 deputados.

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